A intolerância à lactose ocorre quando há a diminuição da capacidade do corpo humano em digerir a lactose, um açúcar encontrado no leite e outros produtos lácteos. A lactose é normalmente “quebrada” por uma enzima chamada lactase, que é produzida pelas células da mucosa do intestino delgado. Quando crianças são incapazes de quebrar a lactose no leite materno ou de outras fontes, ocorre um distúrbio chamado defi ciência de lactase congênita, ou alactasia congênita, resultando em sintomas como diarreia grave. Se não for dado a essas crianças afetadas leites que não contenham em sua fórmula lactose, elas podem desenvolver desidratação grave e perda de peso.
Já na fase adulta, a intolerância à lactose é causada pela diminuição da produção de lactase após a infância. No caso de consumo de alimentos derivados do leite, sintomas como dores abdominais, fl atulência, náusea e diarreia podem aparecer de 30 minutos a 2 horas após a ingestão. A maioria das pessoas com lactase não persistente podem incluir em suas dietas diferentes quantidades de lactose, sem apresentar sintomas. Embora muitas vezes haja difi culdade em digerir leite fresco, existe a possibilidade de consumir certos produtos, como queijo ou iogurte, sem causar nenhum desconforto.
Tipos de Intolerância
Defi ciência Primária de Lactase ou Hipolactasia Primária
Defi ciência da lactose mais comum na população. À medida que a idade avança, ocorre uma diminuição progressiva na produção da enzima lactase. Essa diminuição é ditada geneticamente pela redução da expressão do gene LCT, responsável por codifi car a enzima lactase. O quadro clínico tem seu início por volta dos 2 ou 3 anos e perdura por toda a vida.
Defi ciência Congênita de Lactase
É o tipo mais raro, em que a atividade da lactase é muito baixa ou ausente no epitélio intestinal desde o nascimento. É geralmente transmitida de geração a geração.
Defi ciência Secundária de Lactase
Esse tipo de defi ciência é adquirida no decorrer da vida e é uma condição temporária. Entre as causas prováveis estão doenças digestivas (intoxicação alimentar ou infecção intestinal, por exemplo), que promovem inchaço das vilosidades do intestino, o que impede que a lactase exerça sua função de hidrolisar a lactose e promover energia para o organismo. Além disso, pessoas que passaram por cirurgias de remoção de parte do intestino podem estar sujeitas a essa defi ciência. Entretanto, em todos esses quadros, quando o problema é resolvido, a lactase volta a exercer sua atividade normalmente e o leite e seus derivados podem ser incluídos novamente na alimentação após a normalização do intestino.
Os testes convencionais são invasivos, e funcionam com biópsia ou ingestão de lactose – o que causa grande desconforto aos pacientes. No exame de intolerância à lactose com base no DNA do Laboratório Alvaro , o teste é não-invasivo . Com apenas uma amostra de saliva é possível detectar a presença ou não da doença, ou seja, muito mais conforto ao paciente.